sexta-feira, 14 de maio de 2010

Estúdio Container


Containers habitáveis são uma tendência mundial e consolidada em diversas áreas de aplicação, tais como moradia, escritórios, banheiros, guaritas, postos de atendimento, salas de aula e até presídios! O site Container City dispõe de uma série de exemplos de utilização e projetos de containers habitáveis. No mundo da música não poderia ser diferente e, apesar não ter encontrado ainda nenhum "palco container", os estúdios container já são uma realidade!

Normalmente os containers são construídos em aço ou alumínio e possuem tamanhos padronizados, sendo o mais popular o modelo de 20 pés, com capacidade aproximada de 32 metros cúbicos e medidas externas de 6.0 m x 2.4 m x 2.4 m. Quanto aos tipos, existem dezenas de modelos distintos, com destaque para o Dry Box, que é o mais simples e básico, e o Reefer, dotado de revestimentos que proporcionam isolamentos térmico e acústico.

A princípio, pode parecer que as dimensões e geometria de um container não são lá muito favoráveis à implementação de um estúdio de gravação, principalmente em relação ao espaço útil e à acústica do ambiente. No entanto, seu baixo custo é um fator relevante se comparado à construção de um estúdio nos moldes tradicionais, dispensando gastos com mão de obra e materiais de construção. Proprietários de home studios podem se beneficiar dessa solução, deixando de fazer barulho dentro de casa para se alojar em um local mais privativo e reservado no fundo do quintal, rs!


Com criatividade e conhecimento técnico é possível transformar um simples container em um estúdio de gravação profissional. Nas imagens abaixo, que fazem parte da etapa de projeto, observe a disposição dos ressonadores e painéis acústicos instalados em todo o perímetro do container, com o objetivo de se eliminar o paralelismo entre as paredes. O problema da escassez de espaço interno é resolvido com a disposição inteligente dos equipamentos e a fabricação de móveis personalizados.




Confira as etapas de construção desse estúdio em http://www.johnlsayers.com/Studio/Pages/Container.htm

O resultado final são estúdios bastante funcionais e de alto padrão! Em pesquisas de preço realizadas recentemente, um container simples de 20 pés tipo Dry custava em média R$6.500, enquanto o tipo Reefer com isolamento de poliuretano custava cerca de R$12.000, ambos novos, com uma porta, uma janela, instalação elétrica completa e abertura para ar condicionado. Containers usados e em bom estado de conservação podem ser encontrados por até metade desses preços, mas o custo do frete costuma ser alto em razão do tamanho e da dificuldade em transportá-los. No Brasil, não é difícil encontrar empresas que fabricam e comercializam containers, principalmente em cidades portuárias.

Veja abaixo fotos do Spark 1 Studio, na Austrália, e do EMA Recording, em Porto Rico, onde seus proprietários construíram seus estúdios baseando-se nesse conceito de containers habitáveis.





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domingo, 18 de abril de 2010

Pauta em branco com grade

Mesmo com o advento dos softwares de edição de partituras, como Encore, Sibelius e Finale, o método tradicional do lápis e papel ainda predomina nas salas de aula de teoria musical. 

Recentemente estive procurando por um caderno de música com folhas pautadas para uso no curso de harmonia, porém, os  que encontrei apresentavam pelo menos algum tipo de problema, como linhas muito próximas, pouco espaçamento entre pautas, papel frágil, impressão pouco nítida e margens apertadas. Nessas condições, fica mais difícil manter a organização e produzir anotações bem apresentáveis das notas musicais, claves, alterações e demais símbolos de notação musical.

Nem na Musimed, maior livraria especializada em música da América Latina, consegui encontrar o que procurava. Comecei então uma busca pela internet e identifiquei alguns sites interessantes, que geram gratuitamente variados modelos de pauta em branco personalizadas de acordo com os parâmetros definidos pelo usuário. Entre eles destacam-se o sites Blank Sheet Music e Free Blank Sheet Music.

Mas ainda não era o que eu procurava... Decidi então fazer a diagramação de um modelo  próprio de pauta em branco que atendia às minhas necessidades. Trata-se de uma folha tamanho A4, contendo pautas bem espaçadas entre si, margens razoáveis, orientação vertical ou horizontal e, como principal destaque, uma malha em grade de linhas-guia sobrepostas, de traços finos e leves, que auxilia na escrita das linhas suplementares e na manutenção do alinhamento e espaçamento entre as notas musicais.

Seguem os arquivos para download e impressão! 

Pauta em branco com grade
Tamanho: A4
Orientação: Paisagem ou Retrato
Gramatura do papel: 90g/m2
Impressão: Rápido/Econômico
Formatos: .pdf e .xlsx

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Yamaha Play Now Brasília

A Yamaha traz a Brasília a exposição Yamaha Play Now, que oferece ao público a oportunidade de interagir e conhecer sua linha de equipamentos e instrumentos musicais como guitarras, baixos, baterias, violões, teclados,  sintetizadores, pianos digitais e a linha de home studio profissional.

O evento acontece no Shopping Boulevard Brasília entre os dias 08 a 11 de abril. A abertura da exposição aconteceu na noite desta quinta-feira, com um pocket show do saxofonista Derico (aquele do Programa do Jô) e seu irmão Sérgio (piano), divulgando o CD Duo Sciotti 25 anos.

Nos mesmos moldes do stand da Yamaha na Expomusic, porém em menores proporções, os instrumentos permanecem ligados com um ou dois fones de ouvido de boa qualidade para monitoração.  Pode-se tocar livremente, sem limitação de tempo, e há instrutores disponíveis para esclarecer quaisquer dúvidas.

Na seção de teclados, destacam-se o sintetizador Motif XS, os pianos digitais da linha Clavinova, surpreendentes, e o arranjador Tyros 3. Já nas cordas, os mais requisitados são os modelos da linha Silent Guitars.


Nas baterias, destacam-se as DTX Drums, com timbres magníficos e dinâmica muito próxima de uma bateria acústica! Fiquei durante algum tempo tocando e pude perceber que determinadas técnicas de bumbo, caixa, chimbal e pratos, que antes eram impossíveis de se reproduzir em baterias eletrônicas, soam na maior naturalidade em resposta aos movimentos e ataques das baquetas.
Além dos instrumentos musicais há também a área de Home Studio, com equipamentos como controladores MIDI, monitores de referência, mesas controladoras, periféricos, softwares, etc.


Confira as fotos e um trecho do show de abertura, com Derico & Sérgio:

You Tube Video


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terça-feira, 23 de março de 2010

Fone Koss Porta Pro Falsificado

Por Bruno Mariani.

Leia também: Fone Koss Porta Pro Falsificado - Parte 2


O fone de ouvido Porta Pro da Koss é um dos mais usados atualmente por músicos e profissionais do áudio. Bastante utilizado para monitoração (retorno) no palco, estão no ouvido da maior parte dos músicos que vemos tocando por aí. Repare na próxima vez em que assistir a um show de música ou ver uma banda tocando ao vivo na TV. Já tem até muita gente usando na rua em caminhada, corrida, ônibus, metrô, etc.


Leve, ajustável, dobrável, articulado, firme, confortável e moderno são apenas algumas das características que o tornam tão bem aceito e popular, mas o principal motivo é, sem dúvida, a sua sonoridade!  Ouve-se um som muito consistente, equilibrado, definido, potente e sem distorção, que tornam a percepção das frequências e da imagem estéreo muito nítidas e transparentes. Pode não agradar a um ou outro audiófilo mais enjoado, mas surpreende a maioria dos músicos, DJs e amantes da música, até aqueles com percepção auditiva não tão aguçada e acostumados a ouvir música em fones de ouvido e equipamentos de som "padrão" ou "genéricos".

Eu mesmo tenho acesso diariamente a fones da Bose, AKG, Sony, Senheiser, e outros modelos da própria Koss, todos de padrão mais elevado e fabricantes respeitados, no entanto, nenhum deles me agrada tanto quanto o Porta Pro, sendo o escolhido para uso diário no estúdio e nas performances ao vivo.

Porém, como qualquer outro produto de sucesso, acabou se tornando alvo de falsificadores, o que trouxe para o mercado versões não-originais do fone, muito bem copiados nos aspectos visual e estético, mas de qualidade sonora bastante inferior. Mas, identificar e diferenciar um Porta Pro original de um falso não é tarefa fácil... Ao questionar o assunto ao suporte técnico da Koss nos Estados Unidos, veja o que eles responderam:

Perguntei:
----------------------------------------------------------------------------------
     "Hi!

     How to check if my Koss Porta Pro headphone is original or fake?
     Is there some kind of visual check, test using a multimeter or something else?

     Thanks!

     Bruno Mariani"

... e a Koss respondeu:

     "From: Customer Support
     Date: 2010/3/4
     Subject: Re: Porta Pro Original or Fake?
     To: Bruno Mariani
     Thank you for contacting Koss Stereophones.
     Currently there is not a test to determine if it is fake or not.
"
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Ora, se nem os caras da Koss sabem diferenciar um fone original de um falso, quem é que vai saber? Enfim, após conversar com algumas pessoas e pesquisar alguns fóruns na internet, segue uma seleção de hipóteses ou indícios que podem ajudar a descobrir a farsa.

Sonoridade
A melhor maneira de saber se o fone é genuíno ou pirata é pela qualidade sonora do equipamento. Apesar dessa avaliação ser de fato subjetiva, um pouco de bom senso pode ajudar a concluir se o som que se está ouvindo é bom ou ruim. Se o fone for original, de cara vai dar pra perceber a excelência e qualidade do som, mesmo em volumes mais altos, muito melhor que o som de fones de ouvido comuns que a geral usa por aí. Já num Porta Pro falsificado, percebe-se justamente o contrário, ouve-se um som pouco convincente e  distorcido a volumes mais altos. Essa avaliação fica mais fácil se tiver disponível as duas versões do fone, original e falsificada, lado a lado, para se comparar uma com a outra.

Preço
Não se pode afirmar que um Porta Pro de preço baixo é falso e um de preço alto é verdadeiro, em hipótese alguma. No entanto, quando a conta não fecha, são grandes as chances de se estar diante de um golpe. O preço de venda no site oficial da Koss é $50.00 (cinquenta dólares americanos), adicionando-se ainda os custos de transporte e as taxas de importação cobradas pela alfândega brasileira, chega-se a um custo aproximado de $100. Convertendo-se para Real a adicionando o lucro de venda, chega-se a algo em torno de R$200,00. Não é uma conta precisa, apenas uma aproximação... veja alguns resultados de pesquisa de preços em lojas de maior relevância aqui no Brasil (clique no nome da loja para ver o anúncio):

Disconildo, Rio de Janeiro - RJ = R$198,00
Foxtrot, Salvador - BA = R$199,00
Audiopro, Belo Horizonte - MG = R$199,00
Made in Brazil, São Paulo - SP = R$214,00
Shoptime, Brasil = R$299,00
Americanas, Brasil = R$399,00

Então, como é possível alguém vender um fone desses por menos de cem reais? Ainda que se consiga entrar com o produto ilegalmente no país, sem pagar imposto, fica difícil fechar essa conta! Enfim, Porta Pro por menos de cem reais é, no mínimo, suspeito!

Procedência
Nos dias de hoje, a expressão "Um negócio da China" já não tem o mesmo sentido de antigamente! Sabe-se que produtos originados de países como Hong Kong, Taiwan e China podem ser fruto de falsificações. Portanto, Prota Pro ching ling nem pensar! Mas, como é difícil saber a origem do equipamento, uma das maneiras de reduzir a chance de se comprar gato por lebre é adquirindo o fone por meio de vendedores autorizados. A representante oficial da Koss no Brasil é a importadora Equipo, que distribui os produtos aos seus revendedores credenciados, cuja lista pode ser acessada no link "http://www.equipo.com.br/br/ondecomprar/?marca=koss

Impedância
De acordo com as especificações técnicas divulgadas pela Koss, a impedância do Porta Pro é de 60 Ohms. Simplificando, isso significa que em cada um dos lados (esquerdo e direito) o conjunto plugue, cabo e auto-falante oferece uma resistência à passagem do sinal de áudio da ordem de 60 Ohms. Dentre os três elementos desse conjunto, o que tem maior peso para o cálculo da impedância é o enrolamento da bobina do auto-falante, que exerce uma resistência que varia de acordo com o material, seção transversal (bitola) e comprimento (número de voltas) do fio elétrico utilizado.

Baseado nesse conceito, um teste que pode ser feito para verificar a originalidade do Porta Pro é a medição de sua impedância, que deve apresentar valor próximo de 60 Ohms. O teste é feito com o uso de um multímetro. Já que na maioria dos clones os materiais utilizados para  sua construção são de qualidade inferior (plugue, cabo, auto-falante, etc), bem como o número de voltas do enrolamento na bobina não é igual ao original, a impedância total do conjunto acaba sendo bem diferente dos 60 Ohms esperados. Outra dica é observar se o valor da impedância medida é o mesmo nos lados direito e esquerdo, pois caso não seja, haverá uma sensação de desbalanceamento, com o volume de um lado mais baixo ou mais alto que do outro. Há quem tenha encontrado fones com impedância de 30 Ohms, o que sem dúvida é um verdadeiro atestado de falsidade!



Ocorre que, o simples fato do fone apresentar impedância próxima dos 60 Ohms não garante sua originalidade, pois para um falsificador mais competente, não há grandes dificuldades em se construir uma cópia do fone com esse valor de impedância, desde que ele esteja atento a esse parâmetro. Por outro lado, a redução da impedância pode ser proposital, já que os falsificadores não conseguem obter o mesmo rendimento do original e reduzem a resistência a fim de conseguir um ganho de potência.

Plugue
Com relação ao plugue, há especulações de que o original da Koss é dobrado e o falso é reto. De fato, as primeiras unidades do Porta Pro vinham com o plugue dobrado, porém, com essa geometria o encaixe acabava ficando prejudicado em alguns equipamentos de áudio, principalmente em MP3 players portáteis que possuem uma penetração mais profunda do plugue. Portanto, por questões de mercado, a Koss resolveu alterar o projeto e passou a fabricar fones com o plugue reto, logo, não se pode inferir nada a esse respeito. Confira abaixo a foto extraída do site oficial. Alega-se também que a cor dourada do plugue original é mais consistente que a do falso, que apresenta coloração mais fraca.


Outras marcas de identificação
Por fim, segue uma lista de verificações que podem ser feitas para identificar possíveis falsificações. Todas essas informações foram colhidas em fóruns da internet, logo, são meros indícios ou suposições, sem garantia de sua veracidade.

  • Espumas com tonalidade de preto diferente: neste caso, o fone da direita seria o original, pois a cor da espuma que protege o auto-falante é a mesma da espuma do apoio de cabeça, o que não ocorre no fone à esquerda, supostamente falso.
 

  • Etiqueta de reciclável: dizem que o fone original vem com uma pequena etiqueta de reciclável afixada ao cabo, próximo ao plugue, o que não ocorre no fone clonado.
  •  Círculos: especula-se que, nos fones falsos, as três marcas circulares existentes na parte inferior interna da carcaça plástica possuem exatamente o mesmo tamanho, enquanto na versão original são de diâmetro levemente distintos.
  • Número: acredita-se que nos fones piratas o número inscrito na parte interna da carcaça é o "4", e que a marca circular que o envolve é de um material plástico mais bruto e poroso, enquanto nos originais o número que aparece é o "1", inscrito numa superfície plástica mais lisa.



Leia também: Fone Koss Porta Pro Falsificado - Parte 2

Fontes:
http://www.head-fi.org/forums/f103/possibly-fake-portapro-help-me-439656/
http://www.htforum.com/vb/showthread.php?p=2172074
http://www.koreanstown.com/2009/11/warning-fake-porta-pro-discovered/
http://www.somaovivo.mus.br/forum/viewtopic.php?f=5&t=3865
http://www.youtube.com/watch?v=pYL0zQi-gKs



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sexta-feira, 12 de março de 2010

Minueto de Bach para Piano

Minuet (Sol Maior)
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Johann Sebastian Bach
BWV Anh. 114
from "Notebook for Anna Magdalena Bach"


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Menuet (Sol Menor)
Minueto_em_Sol_Menor.PDF
Johann Sebastian Bach
BWV Anh. 115
from "Notebook for Anna Magdalena Bach"


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